À primeira vista, os caracteres chineses podem intimidar aqueles que não falam o idioma, entretanto, existe uma lógica por trás de seu desenvolvimento. Durante a Dinastia Han, esses caracteres foram classificados pelo lexicógrafo chinês Xu Shen de acordo com as seguintes formas:
Xiàngxíng: Conhecida como escrita pictográfica, é composta por desenhos rudimentares que representam objetos concretos. Veja abaixo como o caractere chinês para montanha (山) foi simplificado apenas para seus traços essenciais com o passar do tempo.
Biǎoyì: Já a escrita ideográfica representa ideias mais abstratas. Os caracteres chineses para sobre (上) e abaixo (下), por exemplo, são representados por uma linha horizontal posicionada respectivamente sob e sobre a linha vertical.
Huìyì: Conhecido como ideograma composto, é a junção de caracteres simples, que, após sua combinação, representam algo novo. Ao unir os caracteres chineses para lua (月) e sol (日), você terá a palavra brilhante (明).
Xíngshēng: É a adição de dois elementos gráficos que representam o significado da palavra (componente semântico) e o seu som (componente fonético). A fonética composta, como é conhecida, é a chave para desvendar 80% dos caracteres chineses.
O caractere chinês para mãe (妈), é composto pelo radical 女 que representa feminilidade e pelo componente fonético 马 (mǎ) que indica a pronúncia da palavra.
Achou complicado? Você não está sozinho! Até os chineses que falam outros dialetos regionais precisam aprender Mandarim como língua estrangeira na escola. Após o declínio da Dinastia Qing em 1911, o Mandarim foi estabelecido como língua oficial da China, com o intuito de facilitar a comunicação entre sua população.